110 anos da Livraria eleita a mais bonita do mundo – Portugal

Considerada uma das mais belas atrações turísticas do Porto, a Livraria Lello e Irmão foi eleita como uma das mais bonitas do mundo e comemora…

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Considerada uma das mais belas atrações turísticas do Porto, a Livraria Lello e Irmão foi eleita como uma das mais bonitas do mundo e comemora 110 anos nesse mês de Setembro. O atual edifício em que se encontra instalada foi inaugurado em 1906 e foi construído pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves.

Distingue-se pela belíssima fachada Art Nouveau, com detalhes neogóticos. No interior, além dos livros que são considerados verdadeiras preciosidades, pode admirar-se também a importante escadaria para o piso superior, assim como as decorações de gesso pintado imitando madeira e um belo vitral no teto. Em 2013 ela foi classificada como Monumento de Interesse Público.

Em estilo neogótico com um amplo arco abatido, a entrada se divide numa porta central, ladeada por duas montras que formam as vitrines da livraria. Sobre este arco, há uma janela tripla, fechada na platibanda e separada das pilastras, as quais são encimadas por coruchéus originais.

Dos lados da janela destacam-se duas figuras pintadas, da autoria de José Bielman, simbolizando uma a Arte e a outra a Ciência. O resto da fachada da Livraria Lello completa-se com ornamentação fitográfica e com o seu nome. Vale ressaltar o rendilhado que encima o edifício, todo ele um autêntico monumento artístico que já mereceu classificação de patrimônio nacional.

Entrando no interior da livraria, o visitante sente-se envolvido por um ambiente acolhedor, onde sobressaem os livros e uma decoração impressionante. Há também uma vasta sala, com uma galeria que dá acesso a uma escada ornamental, onde tem algumas mesas que servem para exposição dos livros. Bancos de madeira revestidos em couro e estantes em toda a altura desta sala compõem o espaço interior próprio de uma livraria atual, mas que guarda a memória do passado.

Nos pilares, à esquerda e à direita, distinguem-se os bustos de ilustres homens das letras: Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga e Guerra Junqueiro. Obra do escultor e distinto artista Romão Júnior, estão cobertos por baldaquinos, rendilhados em estilo gótico.

O teto, lavrado, resguarda no centro uma luminosidade difusa que provém do amplo vitral em que se desenha o ex-libris da Livraria Lello & Irmão, Ltda, com a conhecida divisa Decus in Labore. Como escreveu um famoso jornalista do início do século, a riqueza de tons do grande vitral, o recorte gracioso das janelas, a balaustrada da galeria e os grandes candelabros situados nos ângulos que demarcam esse espaço, as linhas das ogivas que se entrelaçam no teto sob os florões e que vêm morrer nas nervuras que correm pelos pilares até às mísulas, deixam o visitante deslumbrado.

Via: Vortex Mag, com adaptações.

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